O Fim que Nunca é o Fim: Obrigada, Plutão em Capricórnio
- Luzia Rocha de Oliveira
- 19 de nov. de 2024
- 3 min de leitura
Hoje, 19 de novembro, às 17h20, um marco transformador acontece no céu e em meu coração. Plutão, o grande agente das metamorfoses, ingressa definitivamente em Aquário, encerrando um ciclo que começou em 2008, quando ele entrou em Capricórnio. Essa transição é muito mais do que uma mudança astrológica coletiva; ela é uma revolução íntima e pessoal, um fechamento de ciclo que reverbera profundamente em mim e na história que construí ao longo desses anos.
Plutão não é um planeta que passa despercebido. Ele mexe nas entranhas, abre feridas e revela o que há de mais cru e essencial dentro de nós. Em Capricórnio, ele fez isso com um rigor estrutural, desmontando muros antigos e exigindo de mim força, entrega e, acima de tudo, transformação.
O chamado das estrelas: um novo caminho
Foi Plutão quem me levou a buscar respostas, a olhar para as estrelas e, por meio da astrologia, descobrir mapas dentro de mim mesma. Foi ele quem plantou a semente que me trouxe até aqui, uma astróloga que ajuda outras pessoas a se conectarem com suas próprias jornadas. Mas esse chamado veio acompanhado de dores profundas, como quem precisa atravessar o caos antes de encontrar a paz.
Visitei feridas antigas, ligadas ao abandono e à dúvida sobre meu merecimento de viver o amor e a afetividade. Questionei minha autoridade em fazer o que faço, duvidei de mim mesma inúmeras vezes, e enfrentei a sombra do medo, da perda e da solidão.
Perdas irreparáveis e novos começos
Plutão me fez perder pessoas que eu acreditava serem eternas. Entre as perdas mais dolorosas, estão aquelas que não cabem em palavras, mas vivem para sempre na alma. Perdi três bebês, cujo amor infinito carrego comigo todos os dias. Perdi meu avô, um grande amor que parecia invencível ao tempo.
Mas, como tudo que Plutão toca, a perda veio junto da renovação. Em meio a esse trânsito, recebi minha filha Isabela, uma capricorniana de essência forte e luminosa, que trouxe chão e estabilidade no momento em que eu mais precisava. E, nesse mesmo período, conheci o amor da minha vida, com quem compartilho uma história que hoje celebramos com cinco anos de casamento.
Descobertas sobre mim mesma
No meio desse turbilhão, Plutão me fez olhar para dentro, para o escuro que eu tanto temia. Descobri que aquilo que eu julgava defeitos eram apenas características que faziam parte de quem sou: ser neurodivergente, com TEA1 e TDAH, trouxe novos olhares sobre mim mesma. Aprendi a me acolher, a criar ferramentas para viver melhor comigo mesma, e a enxergar beleza até nas partes que antes rejeitava.
Esses anos também trouxeram crises profundas, ao ponto de achar que enlouqueceria. Foram momentos de caos, mas, como o ciclo de Plutão ensina, o caos é fértil. E hoje, ao olhar para trás, vejo minha família firme, unida, minhas filhas felizes e minha fé na vida mais forte do que nunca.
Reinvenção e entrega
Plutão também foi o grande mestre da minha reinvenção profissional. A carreira que construí, de forma tão estruturada, precisou ser desmontada para que algo novo pudesse nascer. Ainda estou nesse processo, mas agora com a confiança de quem sabe o que deseja criar e onde quer chegar.
Mais do que isso, Plutão me ensinou sobre desapego. Desapegar-me das expectativas que tinha sobre mim, sobre os outros, sobre a vida. Descobrir que não controlo nada, mas que, ao me entregar ao que dói, encontro forças para nunca mais ser refém das circunstâncias.
A gratidão do renascimento
O maior presente de Plutão em Capricórnio foi me ensinar a tocar minha humanidade. De forma nua, crua e intensa, mergulhei nas fibras mais profundas de quem sou. E ali, onde antes via fragilidade, encontrei força. Onde havia medo, encontrei coragem.
Hoje, com o coração cheio de gratidão, reconheço que tudo o que recebi — mesmo as dores mais lancinantes — me tornou capaz de doar mais. Capaz de acolher não só a mim mesma, mas o outro, com uma empatia que só quem já enfrentou a própria sombra pode oferecer.
O fim que nunca é o fim
Com o ingresso de Plutão em Aquário, um novo ciclo se abre, trazendo novos desafios e transformações. Mas uma coisa sei: o fim não existe. Tudo é um grande movimento cíclico, uma roda infinita que nos transforma continuamente.
Obrigada, Plutão em Capricórnio. Obrigada por me ensinar que não há dor que não possa ser transformada, não há sombra que não carregue a semente da luz.
E assim sigo, com o coração pleno de gratidão e coragem, pronta para o que vier. 🌌
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